Socorro! Preciso de mostrar uma apresentação na aula e o Powerpoint não reconhece o ficheiro! Preciso de imprimir um trabalho ou documento que produzi em minha casa no Word mas cá na escola não consigo abrir o ficheiro! Queria mesmo ver aquele video ou ouvir aquela música mas o meu computador não consegue abrir o ficheiro! Que fazer?
É um problema cada vez mais comum, especialmente agora que a nova versão do Office 2007 mudou a extensão dos ficheiros mais comuns de doc e ppt para docx e pptx, que não são reconhecidos pelas versões anteriores do Word e do Powerpoint que temos na escola.
Há maneiras simples de dar a volta a este problema. Podemos gravar o ficheiro num formato retro-compatível, utilizando a opção Guardar Como. Podemos utilizar uma suite de processador de texto, apresentações e folha de cálculo online. Ou então podemos utilizar um site que converta ficheiros de um formato para outro à nossa escolha.
O Google Docs e o Zoho são dois sites que substituem completamente o Office da Microsoft. Nestes sites, podemos fazer tudo o que fazemos no Word, no Powerpoint e no Excel, a custo zero e com a vantagem de sabermos sempre onde é que guardámos os nossos ficheiros... na internet!
Então e para resolver o problema dos trabalhos criados no Office 2007 que não se abrem nos computadores da escola? Aí podemos utilizar os conversores de ficheiros online. Basta ligar à internet, entrar nestes sites, enviar para lá o nosso ficheiro, escolher o formato que precisamos (de docx para doc ou pptx para ppt) e... descarregar o ficheiro convertido, pronto para ser impresso ou apresentado no computador.
O Zoho abre normalmente ficheiros do Office 2007. O Zamzar converte muitos tipos de ficheiros de imagem, video, audio e documentos. O Media Convert é um potente conversor de video e outros tipos de ficheiro.
Ou seja, quando aquele documento não abre, aquela imagem não se vê, aquele video não passa ou aquela música não toca, nada de entrar em pânico! Na internet encontramos solução para estes problemas.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Pequenos Artistas
Os Pequenos Artistas continuam a descobrir novas formas de expressão artística utilizando o computador. Vem ver o que eles estão a criar, visitando a galeria de trabalhos!
Os trabalhos são realizados nos programas Inkscape, DoGA, Bryce, Twisted Brush, TuxPaint e Bamzooki, entre outros.
Pequenos Artistas
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sábado, 23 de fevereiro de 2008
ASCII Art
ASCII é o nome que se dá aos códigos de caracteres para representar letras, números e pontuação nos computadores.
Com muuuuuuita paciência, o ASCII pode ser utilizado para criar desenhos que, no fundo, são padrões de letras e sinais que o nosso cérebro intepreta como formas e valores de luz e sombra. Chamam-se ASCII Art e é tão velhinha quanto os computadores. Encontram-se muitas imagens criadas utilizando o ASCII nesta galeria do DeviantArt.
(\__/)
(=`.`)
(_(")(")
Mas também podemos fazer batota e utilizar programas que convertem imagens para padrões de ASCII, como o ASCII Art Studio, este conversor online de imagens para ASCII, e muitos outros.
Para lá do ASCII, também podemos criar desenhos com o próprio código HTML que está por detrás das páginas da internet. Nestes videos, um personagem de Anime e a Mona Lisa de DaVinci são desenhados em tempo real em código HTML.
Desenhar com letras? Desenhar a escrever? E porque não?
Arte Urbana
Thinking too much can only cause problems. Bem dito. Arte urbana, a maravilhosa serendipidade do graffiti, a apropriação do urbanismo pela cultura de rua, ou aquilo que outros consideram paredes borradas. Há qualquer coisa de dadaísta neste acumular randomizado de tags, palavras-chave e stencils. Escadinhas da Madalena, Baixa de Lisboa.
Videodrome
Interessantes videos conceptuais. Dão muito que pensar.
The Machine is Us/ing Us (Final Version)
O video que foi mostrado pelo grupo 4. O conceito é fascinante. Nas palavras do autor:
"I considered releasing it as an "eternal beta" in true Web 2.0 style, but decided to let it stand as is and start working on future projects. Many of my future videos will address the last 30 seconds of this video (the "rethink ..." part)."
... "eternal beta" in true Web 2.0 style...
A Vision of Students Today
Do mesmo autor de The Machine is Us/ing Us, uma visão sobre o aluno 2.0:
"a short video summarizing some of the most important characteristics of students today - how they learn, what they need to learn, their goals, hopes, dreams, what their lives will be like, and what kinds of changes they will experience in their lifetime. Created by Michael Wesch in collaboration with 200 students at Kansas State University."
Information R/evolution
Também do mesmo autor, e segundo as suas palavras:
"This video explores the changes in the way we find, store, create, critique, and share information. This video was created as a conversation starter, and works especially well when brainstorming with people about the near future and the skills needed in order to harness, evaluate, and create information effectively."
Web 1.0 vs Web 2.0
Webvolução.
The Machine is Us/ing Us (Final Version)
O video que foi mostrado pelo grupo 4. O conceito é fascinante. Nas palavras do autor:
"I considered releasing it as an "eternal beta" in true Web 2.0 style, but decided to let it stand as is and start working on future projects. Many of my future videos will address the last 30 seconds of this video (the "rethink ..." part)."
... "eternal beta" in true Web 2.0 style...
A Vision of Students Today
Do mesmo autor de The Machine is Us/ing Us, uma visão sobre o aluno 2.0:
"a short video summarizing some of the most important characteristics of students today - how they learn, what they need to learn, their goals, hopes, dreams, what their lives will be like, and what kinds of changes they will experience in their lifetime. Created by Michael Wesch in collaboration with 200 students at Kansas State University."
Information R/evolution
Também do mesmo autor, e segundo as suas palavras:
"This video explores the changes in the way we find, store, create, critique, and share information. This video was created as a conversation starter, and works especially well when brainstorming with people about the near future and the skills needed in order to harness, evaluate, and create information effectively."
Web 1.0 vs Web 2.0
Webvolução.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Zooks!
BBC | Bamzooki
O muito aguardado jogo Spore de Will Wright, criador do jogo SimCity, vai permitir aos jogadores jogar desde o nível celular ao nível universal, fazendo evoluir criaturas desde o seu ADN elementar até à expansão de sociedades e civilizações. A premissa do jogo é fascinante: criar mundos virtuais, aplicar regras de evolução biológica, desenvolver sociedades. Para além do mecanismo de jogo, o Spore vai ainda permitir que cada utilizador crie livremente as suas criaturas e as insira no jogo. Com as actuais capacidades computacionais gráficas, esperem por um editor de criaturas que permita criar criaturas com aspecto e movimentos realistas. Infelizmente, a chegada do jogo ao mercado só está prevista lá para setembro, embora os criadores do jogo prometam que o editor de criaturas esteja disponível para download muito em breve.
Até lá, divirtam-se com os Zooks.
Zooks? Que coisa estranha é essa? Zooks são criaturas insectóides que podem ser criadas a partir de "peças" montadas à vontade do utilizador. O programa que permite criar Zooks, o Zook Kit, é intuitivo. É muito fácil criar um insecto: basta modelar o corpo, adicionar membros, e clicar na animação para ver como ele se movimenta... com resultados sempre surpreendentes.
Com este programa, criar vida virtual é muito divertido! Pode ser descarregado aqui: BBC | Bamzooki. Também pode ser experimentado nos computadores do GigaEstudo.
O muito aguardado jogo Spore de Will Wright, criador do jogo SimCity, vai permitir aos jogadores jogar desde o nível celular ao nível universal, fazendo evoluir criaturas desde o seu ADN elementar até à expansão de sociedades e civilizações. A premissa do jogo é fascinante: criar mundos virtuais, aplicar regras de evolução biológica, desenvolver sociedades. Para além do mecanismo de jogo, o Spore vai ainda permitir que cada utilizador crie livremente as suas criaturas e as insira no jogo. Com as actuais capacidades computacionais gráficas, esperem por um editor de criaturas que permita criar criaturas com aspecto e movimentos realistas. Infelizmente, a chegada do jogo ao mercado só está prevista lá para setembro, embora os criadores do jogo prometam que o editor de criaturas esteja disponível para download muito em breve.
Até lá, divirtam-se com os Zooks.
Zooks? Que coisa estranha é essa? Zooks são criaturas insectóides que podem ser criadas a partir de "peças" montadas à vontade do utilizador. O programa que permite criar Zooks, o Zook Kit, é intuitivo. É muito fácil criar um insecto: basta modelar o corpo, adicionar membros, e clicar na animação para ver como ele se movimenta... com resultados sempre surpreendentes.
Com este programa, criar vida virtual é muito divertido! Pode ser descarregado aqui: BBC | Bamzooki. Também pode ser experimentado nos computadores do GigaEstudo.
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Fast Film
Fast Film: uma curta metragem de animação simplesmente fascinante, uma homenagem ao cinema clássico, realizado de uma maneira assombrosa: o realizador imprimiu milhares de fotogramas de filmes clássicos, recortou-os e dobrou-os num minucioso origami, fotografou os fotogramas e montou o resultado no After Effects. O resultado? Vejam. O website dos autores explica melhor este singular processo de animação.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Livros Digitais
ebook reader
Diz-se que a internet e as novas tecnologias estão a relegar o livro e a leitura para segundo plano. Pessoalmente, discordo. O tempo passado online e os jogos de computador competem com os livros no cada vez menos tempo que vamos tendo disponível, mas a internet e as tecnologias estão a abrir novos caminhos de leitura. Se o ecrã de um computador não é o meio mais ideal para ler um livro, os pdas, os leitores de ebooks com o eBook reader da sony e o Kindle da Amazon, e até mesmo o telemóvel permitem ler, ler cada vez mais e em qualquer lugar. Não nos dão aquela sensação táctil do folhear as páginas, nem aquele cheirinho do papel, mas permitem ter no bolso autênticas bibliotecas e ler obras que já não estão publicadas em papel, que caíram no esquecimento, ou que não se encontram nas livrarias portuguesas.
kindle
Aqui ficam hiperligações para alguns sites onde podem ser descarregados livros, de forma perfeitamente legal:
Projecto Gutenberg É o venerável pai das bibliotecas online. Desde a década de 90 que este projecto se dedica a digitalizar obras, disponibilizando-as na internet gratuitamente em texto simples, rtf ou html. Já ultrapassaram há muito a marca dos 10.000 livros. Tem livros publicados nas mais diversas línguas, incluíndo o português.
The Online Books Page Outro venerável site, que não é tanto uma biblioteca online, mas sim um agregador de hiperligações para livros online. Permite pesquisas e está organizado segundo o catálogo de Dewey, para facilitar as pesquisas.
Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa Especializada em autores lusófonos, dos clássicos aos mais recentes.
Scribd Um conceito web 2.0: o Scribd permite a qualquer utilizador colocar online os seus documentos, em qualquer formato. Encontra-se de tudo, desde banda desenhada a trabalhos de investigação.
Issuu Um passo à frente sobre o Scribd: este site converte ficheiros em pdf, permitindo a leitura online com um leitor de livros em flash elegante, que captura a sensação de virar as páginas e folhear as obras. A explorar.
A Ficção Científica encontra-se bem representada na rede, com sites como o Infinity Plus, Free Speculative Fiction Online e a Baen Free Library. Para alguns arrepios clássicos, o Literary Gothic arquiva obras ligadas ao fantástico de autores do século XIX.
livros electrónicos num smartphone
Querem mais? Pesquisem no vosso motor de busca favorito pelo termo e-books e descubram como a internet pode ser um espaço de refúgio para o livro.
Como ler todas estas obras? Isso ficará para um outro post, dedicado a software para pc, pda e smartphone que nos permite ler livros electrónicos.
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Links do G5
Em actualização...
Community Zero | G5 A comunidade do grupo.
Blogs dos elementos do grupo:
Aprender Viajando, Blog de Sílvia Lemos
Gabinete de Curiosidades, Blog de Artur Coelho
Gato aMa(lha)do de amor, Blog de Toni Gomes
Olhar..., Blog de Ismael Guedes
Mestrado em Ciências de Educação, Especialização em Informática Educacional, Universidade Católica Portuguesa.
Ultimate Flash Face
Ultimate Flash Face v0.42b
A tecnologia Flash serve para muito mais do que criar jogos e animações. É possível criar interfaces e aplicações através desta tecnologia, permitindo disponibilizar na internet programas que o paradigma computacional tradicional só imagina no computador. Um desses programas acessível por qualquer browser compatível com Flash é este criador de retratos, que permite escolher entre dezenas de modelos de elementos do rosto para criar retratos. É uma forma diferente de abordar um dos trabalhos que se realiza na aula de Educação Visual e Tecnológica, o estudo do rosto, brincando com os elementos gráficos do rosto como peças de um puzzle. O interface gráfico da aplicação, muito low fi, dá também uma curiosa sensação de retrato de polícia científica.
A tecnologia Flash serve para muito mais do que criar jogos e animações. É possível criar interfaces e aplicações através desta tecnologia, permitindo disponibilizar na internet programas que o paradigma computacional tradicional só imagina no computador. Um desses programas acessível por qualquer browser compatível com Flash é este criador de retratos, que permite escolher entre dezenas de modelos de elementos do rosto para criar retratos. É uma forma diferente de abordar um dos trabalhos que se realiza na aula de Educação Visual e Tecnológica, o estudo do rosto, brincando com os elementos gráficos do rosto como peças de um puzzle. O interface gráfico da aplicação, muito low fi, dá também uma curiosa sensação de retrato de polícia científica.
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Inkscape
(imagem de minivla)
Uma das formas de utilizar o computador enquanto ferramenta de desenho é o desenho vectorial. Esta é uma forma de desenhar utilizando formas matemáticas (nós, linhas, figuras geométricas) com uma enorme liberdade de escalabilidade. Um desenho vectorial pode ser ampliado com muita facilidade para o tamanho que se quiser sem perda de qualidade de imagem.
Os programas de desenho vectorial, dos quais os mais conhecidos são o Corel Draw e o Adobe Illustrator são potentes softwares de desenho que desafiam a imaginação a encontrar os seus limites. O desenho vectorial é uma técnica que permite resultados que vão desde o fotorealismo à abstração expressiva. Infelizmente, estes programas são caros e difíceis de dominar.
Disponivel para Linux e portado para o Windows, o Inkscape é um programa de desenho vectorial ainda em fase de desenvolvimento que apesar de ainda não ser capaz de substituir os programas mais tradicionais em uso profissional apresenta já um impressionante conjunto de funcionalidades. O Inkscape é fácil de utilizar, exporta imagens em vários formatos, trabalha com o formato .svg, legível pelos browsers, é divertido e... tem custo zero.
O DeviantArt tem imagens arrebatadoras criadas em Inkscape. Esta imagem de uma borboleta foi criada por uma criança de 12 anos, o que mostra como é fácil utilizar este programa. Está disponível para download em Inkscape.org com versões para Windows, Mac e Linux.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Interface
Muitos são os factores de influência na introdução das TI em contexto escolar. Um que me parece ser especialmente sublinhado foi o da relação entre os professores e as TI, que me faz pensar, num modo mais abrangente, numa relação entre homem e máquina. Todos sabemos, e em qualquer momento, sentimos, quais as dificuldades encontradas na relação com as TI. Compreender a lógica digital, perceber para que se quer utilizar as ferramentas digitais, são questões que se põem após o passo inicial de saber manipular a tecnologia. Uma certa incapacidade bastante generalizada de não se saber utilizar o computador é algo que apontamos a nós próprios, enquanto classe, com algum sentido de humor ou nem por isso, com muita frequência. Mas a questão aqui talvez não esteja só numa falta de flexibilidade dos professores. A ajudar (ou a desajudar) ao problema está, parece-me, uma questão de interface.
Quando as pessoas se queixam de que não sabem utilizar o computador, muitas vezes fazem-no por não conseguirem perceber a interface. Muitas (essencialmente, a maioria) das acções de formação no domínio das TI destinam-se a descodificar interfaces de programas - para se perceber que recursos utilizar é preciso saber que eles existem, e onde eles estão disponíveis. Aqui o paradigma de design instituído não ajuda muito... nunca cessa de me surpreender que um interface, um ambiente de trabalho desenhado para ser facilmente compreensível e acessível como o ambiente Windows origine tantos problemas de incompreensão. Com o tempo, habituámo-nos aos interfaces visuais existentes, com todas as suas peculiaridades, e nem nos ocorre que, possivelmente, possam ser um factor que prejudique a utilização das TI. Diria que há ruídos na comunicação entre a máquina e o utilizador.
Como exemplo, duas capturas de ecrã, de dois programas que utilizo regularmente com os alunos. Ambos os programas servem para o mesmo - pintura digital, com simulação realista das texturas de mediuns e suportes de pintura.
O ArtWeaver é um programa muito completo, open source, cheio de recursos pictóricos.
O ArtRage é um shareware limitado, com funções bloqueadas.
No dia a dia, os alunos escolhem intuitivamente trabalhar com o ArtRage. A razão parece-me simples (e é razão pela qual uso o programa na sala de aula): o interface é intuivo e acessível, não há menus escondidos debaixo de menus e uma confusão visual de botões icónicos. Os alunos só têm que se preocupar em criar, aplicando as ferramentas com total liberdade expressiva.
Link para uma página dedicada ao design de interfaces de Kai Krause, que criou o interface do Bryce, que pensa verdadeiramente differente sobre a forma como comunicamos com o computador: The Interface of Kai Krause’s Software
Não por acaso, o Art Rage foi desenhado por elementos da equipa de Kai Krause que desenhou o Bryce.
Quando as pessoas se queixam de que não sabem utilizar o computador, muitas vezes fazem-no por não conseguirem perceber a interface. Muitas (essencialmente, a maioria) das acções de formação no domínio das TI destinam-se a descodificar interfaces de programas - para se perceber que recursos utilizar é preciso saber que eles existem, e onde eles estão disponíveis. Aqui o paradigma de design instituído não ajuda muito... nunca cessa de me surpreender que um interface, um ambiente de trabalho desenhado para ser facilmente compreensível e acessível como o ambiente Windows origine tantos problemas de incompreensão. Com o tempo, habituámo-nos aos interfaces visuais existentes, com todas as suas peculiaridades, e nem nos ocorre que, possivelmente, possam ser um factor que prejudique a utilização das TI. Diria que há ruídos na comunicação entre a máquina e o utilizador.
Como exemplo, duas capturas de ecrã, de dois programas que utilizo regularmente com os alunos. Ambos os programas servem para o mesmo - pintura digital, com simulação realista das texturas de mediuns e suportes de pintura.
O ArtWeaver é um programa muito completo, open source, cheio de recursos pictóricos.
O ArtRage é um shareware limitado, com funções bloqueadas.
No dia a dia, os alunos escolhem intuitivamente trabalhar com o ArtRage. A razão parece-me simples (e é razão pela qual uso o programa na sala de aula): o interface é intuivo e acessível, não há menus escondidos debaixo de menus e uma confusão visual de botões icónicos. Os alunos só têm que se preocupar em criar, aplicando as ferramentas com total liberdade expressiva.
Link para uma página dedicada ao design de interfaces de Kai Krause, que criou o interface do Bryce, que pensa verdadeiramente differente sobre a forma como comunicamos com o computador: The Interface of Kai Krause’s Software
Não por acaso, o Art Rage foi desenhado por elementos da equipa de Kai Krause que desenhou o Bryce.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Recortes
This age found its form, as early as the 1880s in America, in a new type of office building: symbolically a sort of vertical human filing case, with uniform windows, a uniform facade, uniform acomodations, rising floor by floor in competition for light and air and above all financial prestige with other skyscrapers. The abstractions of high finance produced their exact material embodiment in these buildings.
Lewis Mumford (51), citado em Media Technology and Society.
Making it possible for one subscriber to talk to many others would have enhanced the telephone as a non-hierarchical means of communication. It was not to be and the very construction of the network system to limit telephony to one-to-one communication is therefore a mark of its repression. That we allow broadcasting, a very much more inherently centralised, undemocratic and controllable technology, to do this is the obverse of that mark.
Brian Winston (60), Media Technology and Society, Oxon: Routledge, 1998
Lewis Mumford (51), citado em Media Technology and Society.
Making it possible for one subscriber to talk to many others would have enhanced the telephone as a non-hierarchical means of communication. It was not to be and the very construction of the network system to limit telephony to one-to-one communication is therefore a mark of its repression. That we allow broadcasting, a very much more inherently centralised, undemocratic and controllable technology, to do this is the obverse of that mark.
Brian Winston (60), Media Technology and Society, Oxon: Routledge, 1998
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Pintar como...
Jackson Pollock.
Uma das frases que mais se ouve acerca da arte moderna e contemporânea é a "até eu conseguia fazer isto", geralmente proferida ao contemplar uma abstracção geométrica ou expressiva. Não é bem assim, mas este website permite concretizar esta frase. Ao clicar no link para o site Paint Like Jackson Pollock o vosso rato transforma-se num pincel e a janela do browser numa tela onde podem pintar como o mais famoso pintor expressionista abstracto da escola de Nova Yorque. Sem salpicar as roupas.
Uma das frases que mais se ouve acerca da arte moderna e contemporânea é a "até eu conseguia fazer isto", geralmente proferida ao contemplar uma abstracção geométrica ou expressiva. Não é bem assim, mas este website permite concretizar esta frase. Ao clicar no link para o site Paint Like Jackson Pollock o vosso rato transforma-se num pincel e a janela do browser numa tela onde podem pintar como o mais famoso pintor expressionista abstracto da escola de Nova Yorque. Sem salpicar as roupas.
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Um portátil para todos
One Laptop Per Child
Imaginem...
Imaginem que todos tinham o seu computador portátil. Imaginem que todos se podiam ligar à internet, sem fios, em qualquer local, desde que na vizinhança houvesse outro computador ligado à internet.
Imaginem que não precisavam de comprar software caro para poderem trabalhar com o vosso computador. Imaginem que tinham um computador que podiam levar para qualquer lado - o ecrã via-se tão bem na rua como em casa. Imaginem que podiam usar o computador para tirar fotografias, fazer desenhos, ler livros, escrever trabalhos, ver filmes, fazer filmes, navegar na internet. Não caberia no bolso - mas não era muito maior do que um bloco A4.
Imaginem que tinham um computador portátil que sempre que se acabasse a bateria, podiam, em vez de o ligar à corrente, aplicar uma manivela para recarregar a bateria.
Imaginem que todos os meninos em todo o mundo tinham um computador destes. Os meninos dos países ricos, os meninos de paises como o nosso, não muito ricos, e os meninos dos paises pobres.
Qual é o preço que pagavam por um computador destes?
100 dólares.
Este computador de sonho já existe. O sonho é dar um computador a todas as crianças do mundo, ou pelo menos a todos os meninos do terceiro mundo. Não é um sonho fácil de concretizar, mas a máquina - o OLPC XO, já existe. Não é uma bomba, mas é uma máquina resistente, que corre Linux como sistema operativo. E custará mais ou menos 100 dólares. Podem encontrar mais informações sobre este projecto fascinante no Wiki do OLPC em português.
Mas mais do que a máquina, o que é importante é a visão deste projecto, que, nas palavras de Nicholas Negroponte, director do MIT Media Lab e mentor do OLPC, "É um projeto de educação, não um projeto de laptop."
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Arte Digital
Miguel Soares, >Hulk, 166x127cm, durst lambda print, edition of 3, mosaic series
Miguel Soares é um artista digital português que explora a animação 3D e os novos media como elementos de criação artística. Os seus videos, música e imagens digitais estão disponíveis no site migso.net.
Figuras em Pasta de Papel
Materiais: cola branca (muita), água, alguidares, jornais, fita-cola, tintas, trinchas, pinceis.
Este é um dos trabalhos que mais me agrada desenvolver com os alunos. Tem um pouco de tudo: desenho, pintura, modelação. Estimula a criatividade, e é sempre um gosto ver a reacção das crianças quando descobrem que o que as suas mãos conseguem modelar está a crescer, a tomar forma, perante os seus olhos. Há alguns cuidados a ter neste trabalho: o manuseamento de cola branca e de tintas deve obdecer a regras muito específicas, pois este é um trabalho com potencial para deixar uma sala encardida e alunos e professores com roupas inutilizadas.
O primeiro passo é planear o que se pretende modelar. Esta é fase clássica do trabalho, que requer que os alunos desenhem e pintem exemplos do que planeiam construir. Enquanto esta fase se desenvolve, os alunos podem ser rodados em grupos que vão preparar os materiais de trabalho, rasgando folhas de jornal em tiras.
A segunda fase do trabalho é a modelação da estrutura da figura. Começa-se por enrolar jornal em bolas, que se vão agrupando, tentando dar a forma da figura que se quer modelar. Vai-se embrulhando as bolas de jornal em folhas de jornal, para dar mais volume à figura. Partes como cabeças, patas, caudas, asas, narizes ou orelhas são modeladas à parte - as formas mais planas (como asas ou orelhas) podem ser recortadas em cartão e posteriormente aplicadas na estrutura da figura modelada. A forma, deliberadamente modelada com algum cuidado, mas de uma forma tosca, é enrolada com fita cola, para fixar os jornais amarfanhados no lugar.
Quando a forma a modelar se encontra razoávelmente definida, é tempo de passar à fase seguinte.
Num alguidar, vaza-se uma mistura de cola branca (cola para madeira) e àgua. Não convém que a mistura fique muito líquida. Os alunos mergulham na mistura de àgua e cola branca as tiras de jornal préviamente cortadas e vão aplicando, cuidadosamente, sobre a estrutura da figura. Para que se obtenha uma boa modelação, com a devida rigidez, os alunos deverão ir cruzando as tiras. Normalmente, uma figura precisa de duas ou três camadas de tiras embebidas em cola branca até ficar pronta. Embora a aplicação das tiras deva ser realizada em cruzamento, as variações nas formas obrigarão a que se modelem cuidadosamente as tiras. Na terceira aplicação, os alunos terão de ter muita atenção, para que sejam eliminadas imperfeições.
Após a secagem das figuras, os alunos passam à fase da pintura. Uma só passagem de tinta não costuma resultar - as transparências permitem ver o jornal. Duas demãos de tinta costumam chegar. Com trinchas, os alunos pintam as grandes àreas das figuras modeladas, e com pinceis finos os detalhes que entenderem.
Para terminar, dá-se à figura uma passagem com verniz para madeiras, para dar brilho às figuras.
Os trabalhos foram realizados por alunos de 5º ano.
Este é um dos trabalhos que mais me agrada desenvolver com os alunos. Tem um pouco de tudo: desenho, pintura, modelação. Estimula a criatividade, e é sempre um gosto ver a reacção das crianças quando descobrem que o que as suas mãos conseguem modelar está a crescer, a tomar forma, perante os seus olhos. Há alguns cuidados a ter neste trabalho: o manuseamento de cola branca e de tintas deve obdecer a regras muito específicas, pois este é um trabalho com potencial para deixar uma sala encardida e alunos e professores com roupas inutilizadas.
O primeiro passo é planear o que se pretende modelar. Esta é fase clássica do trabalho, que requer que os alunos desenhem e pintem exemplos do que planeiam construir. Enquanto esta fase se desenvolve, os alunos podem ser rodados em grupos que vão preparar os materiais de trabalho, rasgando folhas de jornal em tiras.
A segunda fase do trabalho é a modelação da estrutura da figura. Começa-se por enrolar jornal em bolas, que se vão agrupando, tentando dar a forma da figura que se quer modelar. Vai-se embrulhando as bolas de jornal em folhas de jornal, para dar mais volume à figura. Partes como cabeças, patas, caudas, asas, narizes ou orelhas são modeladas à parte - as formas mais planas (como asas ou orelhas) podem ser recortadas em cartão e posteriormente aplicadas na estrutura da figura modelada. A forma, deliberadamente modelada com algum cuidado, mas de uma forma tosca, é enrolada com fita cola, para fixar os jornais amarfanhados no lugar.
Quando a forma a modelar se encontra razoávelmente definida, é tempo de passar à fase seguinte.
Num alguidar, vaza-se uma mistura de cola branca (cola para madeira) e àgua. Não convém que a mistura fique muito líquida. Os alunos mergulham na mistura de àgua e cola branca as tiras de jornal préviamente cortadas e vão aplicando, cuidadosamente, sobre a estrutura da figura. Para que se obtenha uma boa modelação, com a devida rigidez, os alunos deverão ir cruzando as tiras. Normalmente, uma figura precisa de duas ou três camadas de tiras embebidas em cola branca até ficar pronta. Embora a aplicação das tiras deva ser realizada em cruzamento, as variações nas formas obrigarão a que se modelem cuidadosamente as tiras. Na terceira aplicação, os alunos terão de ter muita atenção, para que sejam eliminadas imperfeições.
Após a secagem das figuras, os alunos passam à fase da pintura. Uma só passagem de tinta não costuma resultar - as transparências permitem ver o jornal. Duas demãos de tinta costumam chegar. Com trinchas, os alunos pintam as grandes àreas das figuras modeladas, e com pinceis finos os detalhes que entenderem.
Para terminar, dá-se à figura uma passagem com verniz para madeiras, para dar brilho às figuras.
Os trabalhos foram realizados por alunos de 5º ano.
Um
Este blog foi criado no âmbito dos trabalhos propostos para a disciplina de Tecnologias de Aprendizagem Colaborativa do Mestrado em Ciências da Educação da Universidade Católica Portuguesa.
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