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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Inkscape


(imagem de minivla)

Uma das formas de utilizar o computador enquanto ferramenta de desenho é o desenho vectorial. Esta é uma forma de desenhar utilizando formas matemáticas (nós, linhas, figuras geométricas) com uma enorme liberdade de escalabilidade. Um desenho vectorial pode ser ampliado com muita facilidade para o tamanho que se quiser sem perda de qualidade de imagem.

Os programas de desenho vectorial, dos quais os mais conhecidos são o Corel Draw e o Adobe Illustrator são potentes softwares de desenho que desafiam a imaginação a encontrar os seus limites. O desenho vectorial é uma técnica que permite resultados que vão desde o fotorealismo à abstração expressiva. Infelizmente, estes programas são caros e difíceis de dominar.

Disponivel para Linux e portado para o Windows, o Inkscape é um programa de desenho vectorial ainda em fase de desenvolvimento que apesar de ainda não ser capaz de substituir os programas mais tradicionais em uso profissional apresenta já um impressionante conjunto de funcionalidades. O Inkscape é fácil de utilizar, exporta imagens em vários formatos, trabalha com o formato .svg, legível pelos browsers, é divertido e... tem custo zero.

O DeviantArt tem imagens arrebatadoras criadas em Inkscape. Esta imagem de uma borboleta foi criada por uma criança de 12 anos, o que mostra como é fácil utilizar este programa. Está disponível para download em Inkscape.org com versões para Windows, Mac e Linux.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Figuras em Pasta de Papel

Materiais: cola branca (muita), água, alguidares, jornais, fita-cola, tintas, trinchas, pinceis.

Este é um dos trabalhos que mais me agrada desenvolver com os alunos. Tem um pouco de tudo: desenho, pintura, modelação. Estimula a criatividade, e é sempre um gosto ver a reacção das crianças quando descobrem que o que as suas mãos conseguem modelar está a crescer, a tomar forma, perante os seus olhos. Há alguns cuidados a ter neste trabalho: o manuseamento de cola branca e de tintas deve obdecer a regras muito específicas, pois este é um trabalho com potencial para deixar uma sala encardida e alunos e professores com roupas inutilizadas.

O primeiro passo é planear o que se pretende modelar. Esta é fase clássica do trabalho, que requer que os alunos desenhem e pintem exemplos do que planeiam construir. Enquanto esta fase se desenvolve, os alunos podem ser rodados em grupos que vão preparar os materiais de trabalho, rasgando folhas de jornal em tiras.

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A segunda fase do trabalho é a modelação da estrutura da figura. Começa-se por enrolar jornal em bolas, que se vão agrupando, tentando dar a forma da figura que se quer modelar. Vai-se embrulhando as bolas de jornal em folhas de jornal, para dar mais volume à figura. Partes como cabeças, patas, caudas, asas, narizes ou orelhas são modeladas à parte - as formas mais planas (como asas ou orelhas) podem ser recortadas em cartão e posteriormente aplicadas na estrutura da figura modelada. A forma, deliberadamente modelada com algum cuidado, mas de uma forma tosca, é enrolada com fita cola, para fixar os jornais amarfanhados no lugar.

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Quando a forma a modelar se encontra razoávelmente definida, é tempo de passar à fase seguinte.

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Num alguidar, vaza-se uma mistura de cola branca (cola para madeira) e àgua. Não convém que a mistura fique muito líquida. Os alunos mergulham na mistura de àgua e cola branca as tiras de jornal préviamente cortadas e vão aplicando, cuidadosamente, sobre a estrutura da figura. Para que se obtenha uma boa modelação, com a devida rigidez, os alunos deverão ir cruzando as tiras. Normalmente, uma figura precisa de duas ou três camadas de tiras embebidas em cola branca até ficar pronta. Embora a aplicação das tiras deva ser realizada em cruzamento, as variações nas formas obrigarão a que se modelem cuidadosamente as tiras. Na terceira aplicação, os alunos terão de ter muita atenção, para que sejam eliminadas imperfeições.

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Após a secagem das figuras, os alunos passam à fase da pintura. Uma só passagem de tinta não costuma resultar - as transparências permitem ver o jornal. Duas demãos de tinta costumam chegar. Com trinchas, os alunos pintam as grandes àreas das figuras modeladas, e com pinceis finos os detalhes que entenderem.

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Para terminar, dá-se à figura uma passagem com verniz para madeiras, para dar brilho às figuras.

Os trabalhos foram realizados por alunos de 5º ano.